Férias Inesquecíveis
Chamo-me Hilda e trabalho no Equador há 7 anos. No início de março visitei o Perú e aproveitei para tratar de alguns trâmites legais – procedimentos que consegui resolver antes de o Governo proibir a circulação nacional devido à Covid-19.
Estou em Chiclayo, em casa da minha irmã. Desde aqui, quero saudar, fraterna e solidariamente, cada um de vós, porque estou segura de que estes momentos de pandemia nos afetam a todos ao ver tantos irmãos e irmãs sofrer com esta e outras doenças que se somam, ainda mais quando são os nossos familiares, amigos, vizinhos, heróis de saúde, polícias, forças armadas, bombeiros, jornalistas que estão expostos ao contágio, colocando em risco a sua vida e a da sua família.
Pessoalmente, sinto-me impotente e irritada ao ver que tantas pessoas ignoram as instruções do governo e, aparentemente, não se importam com a própria vida ou com a vida dos outros e o governo terá de prorrogar a quarentena. Diariamente agradeço a Deus por mais um dia de vida e penso nas minhas irmãs da comunidade que estão sozinhas. Também não posso sair para visitar as irmãs em Lambayeque. Resta-me implorar a Deus para que cuide de cada uma delas.
Se não fosse esta pandemia, já estaria na minha comunidade a retomar as atividades paroquiais e educativas. É evidente que depois desta pandemia as nossas ações serão diferentes; daremos mais valor à vida e cuidaremos melhor da natureza.
Esta experiência de estar fora da comunidade religiosa permitiu-me rever a minha vida pessoal e comunitária, reconhecendo que em momentos difíceis da vida não estamos sozinhos. Deus está presente em cada momento e contamos também com a proteção dos nossos Pais Fundadores. Por outro lado, o calor da família reforça o compromisso de testemunhar que Deus é misericordioso e que Ele nunca nos abandona.
Eu gostaria de terminar esta partilha com o Salmo 23:1.4 “O Senhor é meu pastor, nada me faltará… Ainda que eu caminhe por vales tenebrosos, não temerei nenhum mal, porque Ele está comigo.
Com amor,
Irmã Hilda Granda