ENCONTROS

O desafio da unidade é uma força continua que leva as pessoas a considerar, aceitar, respeitar e inclusivamente tolerar o que está em jogo em determinadas circunstâncias. Esta foi a verdade dos encontros humanos.

Em Isabela de Basilan, há muitas ocasiões para conhecer gente nova das ilhas vizinhas. Nos reunimos como irmãos e irmãs, a maioria das vezes não só entre cristãos. A realidade da diversidade e a migração são desafios quotidianos entre as tribos, dadas as suas tendências nómadas. Às vezes, fazer o acompanhamento das famílias com a sua prelazia ou outras atividades e até mesmo convidá-los, pode ser uma tarefa tediosa, pois devemos procurar a sua residência atual. No entanto, eles são os mais participativos e alegres.

A busca por uma pertença autêntica e coesa recorda-nos que somos todos peregrinos, necessitados e que coletivamente procuramos refúgio das tempestades da vida e da vulnerabilidade de cada membro a cair pelo caminho. Por isso o Bom Pastor seja uma fonte de inspiração, já que nos leva a pôr à prova a nossa capacidade de cuidar-nos e suportar-nos uns aos outros, como diz São Paulo ao povo de Corinto (capítulo 13).

A nossa missão é um ato de busca continua tanto da vontade de Deus pelas pessoas como de um mesmo, assim como um convite continuo para buscar em nós os frutos do Espírito e ser capazes de semear boas ações entre as pessoas independentemente do tempo e do contexto. A nossa tolerância e paciência missionária nos permitem caminhar com pessoas de ministérios passados ou inclusivamente antes de encontrar-nos literalmente com destinatários diretos de nossos apostolados de entrega. Rastreamos tais atitudes desde a primeira comunidade de discípulos até à Igreja de hoje em Basilan e noutras missões MDR.

O que buscamos ao encontrar-nos como Irmãs Missionárias Dominicanas do Rosário com diversos grupos é a capacidade do nosso próprio ser para oferecer uma mão, um sinal de que nos convertemos mais num recipiente para transformar vidas e oferecê-las a Deus, que as cura, as ajuda e as ama mais do que nunca poderemos imaginar. Como a nossa padroeira desta prelatura (Santa Isabel de Portugal) leva atribuídos os diálogos pela paz e unidade, nunca somos um fim para esta busca. Colaboramos nesta grande empresa de construir o caminho circular da solidariedade, da unidade e de um povo de Deus esperançado.

Nini Rebollos

Begang, Basilan, Filipinas