PASTORAL COM OS MIGRANTES: ACOMPANHAMENTO NO CAMINHO DA ESPERANÇA
- Hnasmdro
- marzo 17, 2025
- Experiências MDR
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O fenómeno migratório na América Latina em direção aos Estados Unidos é uma realidade complexa que envolve múltiplos fatores sociais, políticos e económicos. Ante esta situação, a Igreja tem sido um farol de esperança e solidariedade, oferecendo um acompanhamento pastoral a quem empreende esta viagem em busca de uma vida digna.
Desde os seus inícios, a missão da Igreja tem sido estar ao lado dos mais vulneráveis. A pastoral com os migrantes responde a esta chamada evangélica, brindando apoio espiritual, material e humano a quem deixou o seu lar devido à violência, à pobreza ou à falta de oportunidades. Inspirados pelos ensinamentos de Jesus, que se identificou com o estrangeiro: «Porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; fui forasteiro e me acolheste» (Mt 25,35), buscamos ser presença de Deus no meio da dor e da incerteza de quem migra.
Em diversas regiões guatemaltecas, especialmente nas zonas fronteiriças, surgiram refúgios e centros de acolhimento que oferecem albergue, comida, assistência médica e orientação legal. Estes espaços não só oferecem ajuda material, como também são lugares de escuta e apoio emocional. A pastoral com os migrantes se inspira na misericórdia e na hospitalidade, criando redes de apoio que fortalecem a esperança e a resiliência dos migrantes.
Apesar dos esforços realizados, enfrentamos constantemente numerosos desafios. As políticas migratórias restritivas, a xenofobia e os perigos nas rotas migratórias fazem com que o trabalho de acompanhamento seja cada vez mais exigente. No entanto, a esperança e o compromisso evangélico nos impulsionam a continuar a denunciar as injustiças e a promover uma cultura de encontro e solidariedade.
Ao caminhar com os migrantes, continuamos a afirmar a nossa missão de ser mãe e refúgio, como nos ensinou a nossa Madre Fundadora Ascensão Nicol, apoiando com amor a quem busca uma nova oportunidade. Ao mesmo tempo, chamamos a comunidade cristã a abrir o seu coração e as suas portas aos nossos irmãos e irmãs migrantes, recordando que todos somos peregrinos nesta terra, como nos recorda o Santo Padre neste ano jubilar dedicado à esperança.
É sempre uma alegria para mim, como pessoa humana e religiosa, ver o sorriso nos lábios destas pessoas a quem recebo cada dia, a escutá-las falar com ilusão e positividade sobre o futuro.
Ir. Carolle Kemogne, MDR
