Nestes 4 anos acompanhou-me a imagem da sementeira e sinto que em mim se alimentou a espiritualidade de semeadora…
Logo ao chegar a esta missão em São Domingos dos Tsáchilas no Equador, integrei-me como Voluntária na Pastoral Carcerária, cuja pastoral as mulheres encarceradas batizaram como “Sementes de Liberdade” e assim quase sem dar-me conta converti-me em terra de sementeira e em semeadora, pois era a primeira ocasião no meu andar missionário de me aproximar a esta realidade. A inexperiência em reconhecer o tipo de terra atrasou a sementeira, mas ao mesmo tempo preparou-me de maneira silenciosa para apanhar muitas sementes e espalhá-las generosamente. Agora tenho a claridade para entender que quem semeia se vai tornando paciente e desprendida dos resultados.
Ao mesmo tempo com as vizinhas do lugar começamos a cultivar para criar a nossa horta e com grande entusiasmo adequamos os espaços e pouco a pouco ampliamos a nossa atividade para recuperar uma área comunitária cheia de escombros e lixo. Semeamos muitas flores, plantas medicinais, árvores e borboletas, aves e insetos embelezaram este lugar com a sua presença.
Éramos várias pessoas a “semear” no Voluntariado da Pastoral Carcerária e na Horta… e todas elas, por sua vez, semeavam em mim questionamentos, perguntas, desafios, alegrias e esperança.
Obrigada Senhor pelas Irmãs da Comunidade que animaram, apoiaram e se implicaram… Meu coração parte desta missão cheio de gratidão e de rostos concretos, o Teu está nesta lista e abraço cada instante vivido com amor.