O MEIO AMBIENTE A QUEM MAIS AFETA?
- Hnasmdro
- junio 19, 2024
- Experiências MDR
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Impacto da injustiça climática sobre os mais pobres.
Os que menos contribuíram ou contribuem para as mudanças e os efeitos climáticos são os que mais são afetados. São os chamados «descartados climáticos», que são mais vulneráveis às variações e aos efeitos de alterações do clima.
A crise meio ambiental está a afetar milhões de pessoas, sobretudo do Sul, prejudicando os seus direitos mais básicos como o direito à alimentação, à água potável, à saúde, a uma vida digna, a um ambiente saudável, gerando uma grande injustiça climática. O maltrato ao planeta tem consequências maiores no outro lado do mundo.
O ser humano tem poder para transformá-lo: para o bem e para o mal. Somos «a única espécie capaz de mudar o planeta». Não esperar um milagre de Deus.
Há que manifestar contra esta injustiça que é a desigualdade meio ambiental que está a afetar milhões de pessoas, sobretudo do Sul global, reduzindo os seus direitos mais básicos, provocando fome e pobreza de todo o tipo.
Porque é injusto? Porque as pessoas mais vulneráveis não têm os recursos para fazer frente a estas situações e são as que mais sofrem as formas de consumo e produção dos países desenvolvidos.
Constatações tristes: as variações climáticas estão, sobretudo, relacionadas com a crescente atividade económica dos países mais desenvolvidos. No entanto, os seus riscos, impactos e consequências mais severas as sofrem os povos vulneráveis do Sul, que pouco participaram para originar o problema.
Por exemplo, as políticas climáticas centradas na compensação de emissões de carbono, que permitem que os países mais ricos possam continuar a crescer economicamente, provocando mais consequências nos países mais pobres.
Mais triste ainda: Se estima que entre 3.300 a 3.600 milhões de pessoas, perto de metade da população mundial, vive em contextos «altamente vulneráveis» à instabilidade climática».
Vemos pois que as variações climáticas não nos afetam por igual: enquanto uma parte da humanidade pode fazer frente às adversidades climáticas (porque há mais meios para diminuir os danos: Podem estudar, curar-se, evitar altos perigos, alimentar-se como deve ser e ter defesas, e…), há milhões de pessoas muito mais vulneráveis aos impactos negativos das alterações do clima.
Segundo os dados do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC), «entre 2010 e 2020, a mortalidade humana por inundações, secas e tormentas foi 15 vezes maior nas regiões altamente vulneráveis, em comparação com as de muito baixa vulnerabilidade». Não têm direito à alimentação, com secas persistentes, aumento da poluição da água, saúde, aumento do nível do mar com perda de áreas de cultivo, erosão do solo, desaparição de pesqueiros de pesca tradicionais, e destruição de casas e infraestruturas e aumento de deslocamentos forçados.
É muito importante o compromisso pessoal, porque somos a única espécie com poder para travar a desigualdade frente à injustiça climática, que também nós provocamos, ainda que pouco, através da forma de consumir e produzir, por não discernirmos antes de usar os frutos vendidos dos que destroem o Sul.
Levantamos a voz pelo cuidado do planeta, porque é este o caminho para lutar pela dignidade das pessoas.
Marie Claire, parte da sua palestra na campanha de MANOS UNIDAS
Espanha