Na jornada de: “Fraternidade e Paz. Quebra-cabeças para o nosso mundo”, organizada a nível de SCAM (Serviço Missionário Conjunto) Madrid

Como podemos ser gestores de diálogo para a fraternidade e a paz?

Constato: Estamos muito perto, mas simultaneamente muito longe uns dos outros. Mais próximos, mas não mais irmãos ou irmãs. No entanto, sabemos que só o diálogo e o caminho para a paz que nos une. O diálogo devia ter um objetivo que é a felicidade de ambas partes. Se desejas ser feliz, tem que desejar ver ao outro feliz, porque no coração e na vida de crentes, devíamos viver em fraternidade, mas existe uma contradição no nosso ser que faz com que façamos o contrário do que dizemos ou queremos. Como em Rm. 7, nos encontramos às vezes ou muitas vezes com ódio, indiferença, crise de modo moderno, sonhos ou desejos de grandeza, impaciência, pouca escuta…

É tempo de beber de outra fonte que faz dialogar até com os não cristãos, com os de outras religiões, raças, tribos, línguas culturas e…

Para que o diálogo seja um caminho para a paz, há condições:

  • Ter um diálogo que não esconde interesses pessoais ocultos,
  • Que não seja um diálogo falseado,
  • Que nos libera interiormente por ser verdadeiro,
  • Que traga, tanto ao outro como a si mesmo mais paz e confiança mútua.

Pode dizer-se “Se queres a paz, prepara a guerra”, mas não, porque se queremos a paz, devíamos preparar-nos para a paz e não para a guerra.

Fala-se muito desta paz, mas com atitudes destrutivas, sentimentos de espírito violência com as más intenções escondidas dentro de nós, no falar, nas críticas, nas humilhações, até no olhar. Não temos que atuar como se fossemos rivais, com espírito bélico, pisando os outros, infantilizando-os, com a palavra “Eu”, em vez de empoderá-las,

Temos que:

Entrar numa nova antropologia, invertendo a tendência e entrar na verdadeira dinâmica de paz, de transformação e de encontro verdadeiro com o outro.

Como querer, buscar, dar a paz se não a temos ou se a tiramos aos demais?

Há que:

Trabalhar humildemente a paz a partir de nós mesmos e da não violência, dizendo “não” a um diálogo de mentira, sair do estado de instabilidade interna e entrar individualmente num caminho que traga esta paz. Chegar a construir primeiro o mundo que vivemos dentro para chegar a uma paz sustentável. Poderemos então ajudar as pessoas a experimentarem a Boa Notícia, criando nós mesmos espaços desde nosso testemunho de construção e dinamização de paz. “Não existe uma paz criativa se não existe a paz sustentável”.

Ir. Marie Claire Silatchom

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