2023 SEMANA DA PAZ EM MINDANAO
De 30 de novembro a 6 de dezembro deste ano, foi declarada a Semana da Paz em Mindanao. Faz mais de duas décadas que líderes religiosos como a Conferência Episcopal-Ulama, as Instituições não Governamentais e as agências governamentais se reúnem para sentar-se e falar sobre as situações da nossa sociedade e o desafio do esforço coletivo pelo Bem Comum.
Enquanto outras celebrações ou atividades podem ter diferentes temas e razões para convocar outros grupos, organismos associados e partes interessadas, a Semana da Paz deste ano tem um debate e diálogo cruciais, porque acabamos de experimentar a última catástrofe do terramoto de 6,9 em Surigao do Sul e, há dois dias, um bombardeio em Marawi. Isto nos levou como Irmãs Missionárias Dominicanas do Rosário e aos nossos companheiros de gabinete a estar plenamente presentes nesta atividade de uma semana, para advogar por um ambiente livre e pacífico para as nossas crianças e sociedade e para denunciar a destruição da vida. SOLIDARIEDADE – Inspiração dos Pobres Foundation, Inc. uniu-se a outra organização (ONG), a Nagdillaab Foundation, Inc., para atividades como defensoras da paz tanto, na cidade de Isabela como na de Lamitan da Província Basilan.
Uma das mensagens concretas que transmitimos foi o concurso de pintura para os beneficiários da nossa organização durante o Mês da Infância, que impulsionou e conceito de pintura mural para a Semana da Paz de Mindanao, onde também participaram diferentes escolas das cidades de Isabela e Lamitan. Tratava-se de destacar a experiência das crianças; de como os valores familiares sociais são evidentes no entorno de cada criança e o modo como os esquemas de moda nas redes sociais os afetam tanto na escola como em casa.
Esta celebração reuniu as igrejas, os líderes religiosos presentes na ilha, para falarem a uma só voz que a violência não tem religião. Eu participei como ponente pela Igreja Católica junto com ponentes do Islão e das Igrejas Protestantes. Participaram muitas agências, moradores de diferentes bairros e serviços. Cada um quis participar e encontrar o melhor modo de dialogar e viver em tranquilidade uns com os outros.
A nossa presença como crentes é dar testemunho do Deus dos vivos (como narra a história da mãe fiel no segundo livro, do sétimo capítulo de Macabeus). Ele que não deseja outra coisa que a nossa felicidade e bem-estar, uma coexistência harmoniosa com as Suas criaturas e semelhantes. A nossa forma de aprender a misturar-nos, adaptar-nos, aceitar-nos e escutar-nos para alcançar a paz, é uma forma de ser testemunhas do que desejamos.
Nini Rebollos
